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O que é

hiperplasia prostática benigna?

A hiperplasia prostática benigna (HPB), também chamado de crescimento prostático benigno, é o aumento do número de células e tecidos prostáticos devido principalmente à ação da testosterona. Isso faz com a próstata aumente de volume e de tamanho, podendo causar manifestações clínicas indesejáveis no homem. 

 

É chamada benigna porque é não-cancerosa, ou seja, as células se multiplicam sem mutações (alterações na estrutura do DNA) que podem causar um câncer.

 

É um problema bastante comum entre os homens, que começa aos 40-45 anos de idade. A partir dos 50 anos, todo homem tem 50% de chance de ter algum crescimento da próstata. Após os 70 anos, a chance é de 90% de ter esta condição.

Hiperplasia prostática benigna

leva ao câncer de próstata?

Não. O homem que é acometido pela hiperplasia prostática benigna (HPB) não tem, por causa desta condição, predisposição a desenvolver câncer de próstata. Contudo, hiperplasia benigna e câncer de próstata podem ocorrer no mesmo indivíduo, ao mesmo tempo ou em tempos distintos.

Quais as causas

da hiperplasia prostática benigna?

O aumento da próstata é uma condição comum aos homens em seu processo de envelhecimento, devido à ação do harmônio masculino (testosterona). O primeiro crescimento prostático ocorre no início da puberdade, quando a próstata dobra de tamanho. O segundo crescimento ocorre em torno dos 25 anos e continua lenta e gradualmente durante a maior parte da vida do homem.

Existe uma influência genética hereditária. Filhos de homens com hiperplasia da próstata tem de 3-4 vezes mais chances de serem submetidos à cirurgia prostática por crescimento benigno. 

 

Contudo, o estilo de vida saudável, com atividade física regular, alimentação com pouca gordura e consumo moderado de álcool, atenua as manifestações clínicas indesejáveis da hiperplasia prostática benigna, mesmo nos pacientes com histórico familiar.

Quais os sintomas

de hiperplasia prostática benigna?

A maioria dos homens com hiperplasia prostática benigna não tem sintomas até que a glândula tenha crescido o suficiente para causar alteração do fluxo urinário, o que faz com eles procurem o urologista.

A próstata aumentada provoca compressão e estreitamento do canal da uretra e pressiona a bexiga. Isso provoca manifestações clínicas obstrutivas e irritativas, entre elas:

  • dificuldade para iniciar a micção

  • fluxo urinário fraco e/ou com interrupções

  • gotejamento ao final da micção

  • dor durante a micção (disúria)

  • aumento da frequência urinária (polaciúria) inclusive à noite (noctúria)

  • necessidade súbita e incontrolável de urinar

  • vontade de urinar novamente logo após terminar de urinar

Se a HPB não for tratada,

que complicação pode ter?

 

Uma complicação bastante comum da hiperplasia prostática benigna não tratada é a infecção urinária. A dificuldade do paciente em esvaziar completamente a bexiga faz com que haja urina residual, propiciando o crescimento de bactérias.

 

Em casos graves, pode haver obstrução do trato urinário, impedindo que ocorra a micção, causando dor intensa devido à distensão da bexiga.​ Outras complicações como cálculos na bexiga e até alteração da função renal podem ocorrer.

Como é feito o diagnóstico

da hiperplasia prostática benigna?

 

As etapas que fazem parte do diagnóstico são:

 

Avaliação clínica: depois da anamnese (conversa entre o médico e o paciente para levantamento do histórico pessoal e de saúde), é feito o exame clínico com toque retal, um procedimento rápido e indolor, que permite a avaliação do tamanho, forma e textura da próstata.

 

Exame de PSA (Prostate Specific Antigen ou Antígeno Específico da Próstata): é um exame de sangue que mede a quantidade de PSA, substância produzida pela próstata. Se o nível estiver elevado, pode indicar a presença da hiperplasia prostática benigna ou outras doenças, como câncer de próstata

Outros exames podem ser necessários, como:

Ultrassom da bexiga, próstata e aparelho urinário: auxilia a avaliação de alterações na parede da bexiga, presença de resíduo urinário pós micção e quanto à forma e tamanho da próstata.

​Fluxometria (estudo do fluxo de urina): mede a velocidade e a quantidade do fluxo de urina para avaliar se há obstrução da uretra e/ou aumento da próstata e/ou alteração na contração da bexiga.

 

Cistoscopia: possibilita a visualização no interior da uretra e bexiga através do cistoscópio, analisando se há bloqueio ou estreitamento na uretra e possíveis alterações na bexiga.

Como é o tratamento

da hiperplasia prostática benigna?

A escolha do(s) tratamento(s) para hiperplasia prostática benigna depende de cada caso. Podem ser indicados:

 

Vigilância ativa: é o acompanhamento rigoroso do avanço do aumento da próstata através de consultas regulares ao urologista, indicado em casos em que não há sintomas nem comprometimento da saúde do paciente.

Medicação: dois tipos de medicação podem ser indicados de forma isolada ou combinada:

  • Alfa bloqueadores: não reduzem o tamanho da próstata, mas relaxam a musculatura da próstata e uretra melhorando o jato urinário.

  • Inibidor da 5-alfa- redutase: reduzem o tamanho da próstata e melhoram o fluxo de urina

Cirurgias minimamente invasivas: a abordagem minimamente invasiva garante mais precisão e recuperação mais rápida. As opções são:

  • Ressecção Transuretral (RTU): é o tratamento cirúrgico mais realizado no tratamento da hiperplasia prostática benigna, utilizado há mais de 50 anos. É feita a remoção de tecido prostático por meio de instrumentos inseridos através da uretra. 

  • Green-laser: ondas de laser vaporizam o tecido prostático e o sangramento é quase inexistente. 

Em casos específicos, podemos optar por:

  • Cirurgia aberta: técnica utilizada para remover o adenoma prostático nos casos de crescimento muito acentuado (quando a próstata é muito grande, impossibilitando técnicas minimamente invasivas). 

  • Embolização da vascularização da próstata: indicado nos casos de pacientes com alto risco cirúrgico definitivo ou momentâneo. Diminui o volume da próstata em torno 50%, facilitando uma posterior intervenção minimamente invasiva, se for o caso. É uma conduta de exceção.

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